Medição de Radão
Um inimigo invisível na sua casa e local de trabalho
A AGQ Labs tem um certificado de compromisso nº 02/22 emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente no âmbito do “Guia para a prestação de serviços na medição de radão no ar interior de edifícios por detetores passivos” (Decreto-Lei nº 108/2018, de 3 de dezembro).
¿O que é o radão?
O radão é um gás radiativo de origem natural que não tem cheiro nem cor e que é produto do decaimento do urânio, presente de forma natural na crosta terrestre. Atualmente o radão é considerado a principal fonte de exposição à radiação natural para os humanos. O relatório UNSCEAR (2006) estima que, a nível mundial, o radão constitui ao redor de 52 % da exposição média global à radiação natural.
O isótopo mais abundante é o 222Rn, com uma semivida de 3,8 dias, que emana das rochas e do solo e tende a concentrar-se em espaços fechados como minas subterrâneas, habitações e edifícios.

A desintegração do radão produz a emissão de partículas alfa, criando produtos de decaimento sólidos como são o polónio, bismuto, chumbo, etc., todos eles radiativos e que são os responsáveis dos efeitos nocivos do radão na saúde humana, pois estes produtos de decaimento, estejam aderidos ou não aos aerossóis atmosféricos, podem ser inalados e retidos no trato broncopulmonar a diferente profundidade segundo o seu tamanho, acrescentando o risco de dano do ADN pelo seu carácter radiativo. Estudos epidemiológicos concluíram uma associação direta entre o cancro de pulmão e a exposição continuada a este gás em espaços interiores.
Efeitos nocivos na saúde
A Agência Internacional de Pesquisa em Cancro (IARC) inclui o gás radão dentro do grupo 1 de cancerígeno para os seres humanos com o tabaco, a exposição à radiação solar, as bebidas alcoólicas e as carnes transformadas.
Os estudos epidemiológicos confirmam que o radão nas habitações acrescenta o risco de cancro de pulmão na população geral, sem se terem demonstrado de forma viável outros efeitos do radão na saúde.
Estima-se que a proporção de casos de cancro de pulmão associados ao radão relativamente ao total varia entre 3 % e 14 % segundo a concentração média de radão no país e o método de cálculo utilizado.
Em muitos países, o radão é a segunda causa de cancro de pulmão depois do tabaco. É muito mais provável que o radão provoque cancro de pulmão em pessoas que fumam ou tenham fumado que em pessoas que nunca o tenham feito. No entanto, entre as pessoas que nunca fumaram constitui a principal causa de cancro de pulmão.
Não se conhece uma concentração mínima por baixo da que a exposição ao radão não suponha nenhum risco. Mesmo concentrações de radão muito baixas podem causar um pequeno aumento no risco de cancro de pulmão.
A maioria dos casos de cancro de pulmão causados pelo radão estão provocados por concentrações de radão baixas ou moderadas e não por concentrações elevadas, pois, em geral é menor o número de pessoas expostas a concentrações elevadas de radão em interiores.
Fonte: Manual da OMS sobre o radão em interiores
Saber se está exposto e como agir
A Organização Mundial de Saúde estabelece certas recomendações para controlar o risco colocado pelo rádon no nosso ambiente:

Medir a concentração de rádon em áreas de risco, sob protocolos que garantam a sua exactidão

Implementar medidas de protecção contra o rádon para novos edifícios e medidas de mitigação para os edifícios existentes.

Avaliar o correcto funcionamento das medidas implementadas em termos de concentração de rádon.
Zonas de maior concentração
A avaliação do risco a que está exposto cada indivíduo na sua habitação ou local de trabalho deverá ser avaliada por medições para a determinação da concentração de radão no ar interior. Em caso nenhum, deverão ser utilizado os mapas para realizar esta avaliação.
A medição do radão é simples, tem um custo baixo e é a única forma de garantir que não esteja exposto a altas concentrações de radão na sua vida quotidiana.


Origem do radão em edifícios e habitações
O radão entra no interior dos edifícios e as habitações através das fissuras e fendas, pelas condutas e armações de saneamento e interior da câmara-de-ar, acumulando-se nas plantas inferiores. A concentração de radão nos edifícios tem ciclos diários e estacionários, aumentando à noite e em inverno devido à diferença de temperatura entre o exterior e o interior que provoca processos de recarregamento.
Legislação
Decreto-lei n.º 108/2018 REGIME JURÍDICO DA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA aplica à exposição dos trabalhadores ou os membros do público ao radão no interior de edifícios estabelecendo uma concentração máxima de 300 Bq/m3. Aliás, inclui a elaboração e a atualização do plano nacional para o radão.
As entidades empregadoras realizam medições de radão com uma periodicidade não superior a 12 meses:
a) Quando o local esteja situado em zonas identificadas no plano estratégico nacional para o radão, no piso térreo ou ao nível do subsolo, tendo em conta os parâmetros incluídos no plano.
b) Em tipos específicos de locais de trabalho identificados no plano estratégico nacional para o radão.
Em zonas dos locais de trabalho em que a concentração de radão, em média anual, continue a exceder o nível de referência nacional, apesar das medidas tomadas em conformidade com o princípio da otimização, aplicam-se as disposições referentes às situações de exposição planeada.
Deve estabelecer uma estratégia de proteção que inclua ações coordenadas para reduzir o nível de radão nos edifícios existentes e em futuros edifícios com o objetivo de reduzir as concentrações de radão e exposições decorrentes para um nível ótimo de proteção.
Estrategia de atenuação y remediação em habitações, edifícios e locais de trabalho

Estrategia de atenuação y remediação em habitações, edifícios e locais de trabalho
AGQ Labs está acreditado pela ISO/IEC 17025 para a recolha de amostras e posterior medição da concentração de radão por detetores de vestígios. O método de medição e de recolha de amostra utilizado por AGQ Labs estão baseados nas normas UNE EN ISO 11665-1, UNE EN ISO 11665-2, UNE EN ISO 11665-4 e UNE EN ISO 11665-8 e, aliás. cumprem com os quesitos da DIRETIVA 2013/59/EURATOM e o decreto-lei n.º 108/2018
AGQ Labs tem um sistema de medição de radão com uma unidade de revelação química e um microscópio ótico modelo V100 de Radosys com capacidade para a revelação e medição de 240 detetores de vestígios por operação para a determinação da média anual da concentração de radão no ar interior que nos permite obter resultados em 5 dias úteis desde a receção das amostras nas nossas instalações
Serviços analíticos
Determinação da média anual da concentração de radão no ar interior dos locais habitáveis de habitações/edifícios e/ou locais de trabalho.
Método | Amostragem | Deteção | Norma | Limite de deteção |
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Integrado de longa duração | Pasivo Continuo | Detetores de vestígios nucleares em estado sólido (SSNTD) | Método interno baseado em ISO-1665-4 | > 54 KBqh/m3 |
Avaliação das variações da concentração de radão no interior de habitações/edifícios e/ou locais de trabalho.
Método | Amostragem | Deteção | Norma | Limite de deteção |
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Contínuo | Ativo Contínuo | Câmara de ionização | Método interno baseado em ISO-11665-5 | > 20 Bq/m3 |
Determinação da exalação de radão em solos.
Método | Amostragem | Deteção | Norma | Limite de deteção |
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Acumulação de radão Contínuo | Passivo por difusão | Câmaras de ionização | Método interno baseado em ISO-11665-7 | > 5 mBq/m2/s |
Determinação da atividade de radão em águas
Método | Técnica | Norma | Limite de deteção |
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Extração | Cintilação líquida | Método interno baseado em UNE-EN ISO 13164-4 | > 1 Bq/l |
Pedido de Informação ou Orçamento